Em uma abordagem que reúne pesquisadores de várias áreas, a Rede CoVida – Ciência, Informação e Solidariedade está lançando estudos com informações importantes sobre a Saúde do Trabalhador na pandemia da COVID-19. São documentos que propõem uma reflexão, com base em um conjunto de evidências sobre o campo de trabalho, abordando riscos e vulnerabilidades já existentes, mas ampliadas pela pandemia, que perpassam o exercício das atividades e o direito à proteção e à segurança da saúde dos trabalhadores.

Em um dos estudos, os pesquisadores apontam que a categoria com maior risco de desenvolver a COVID-19 é a de profissionais da saúde que trabalham diretamente com os pacientes, além de profissionais de lavanderia e higienização hospitalar, cuidadores, maqueiros e outros da equipe de apoio, como motoristas de ambulância, recepcionistas de hospitais, funcionários de laboratórios, e trabalhadores de necrotérios, funerárias e cemitérios. Contudo, o estudo destaca que o risco de morrer pode ser superior em outras ocupações, comparando com o trabalho na saúde. Ou seja, outros determinantes estão relacionados à mortalidade, e não apenas a maior exposição ao vírus.

“A resposta efetiva à pandemia implica no reconhecimento das diferenças na vulnerabilidade de gênero relacionadas à exposição ao vírus, acesso à proteção e tratamento, adoecimento e morte, bem como políticas de proteção social e segurança”, destacam as autoras no estudo.

A Rede é uma iniciativa do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde  (Cidacs/Fiocruz) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que conta com o apoio de diversas instituições de pesquisas brasileiras e internacionais que visam enfrentar a pandemia de COVID-19 apoiando a tomada de decisões dos gestores e oferecendo informações científicas confiáveis a partir do monitoramento de casos.

Acesse os documentos:

Boletim CoVida #6: Saúde do trabalhador: riscos e vulnerabilidades.

Nota técnica: Saúde do trabalhador na pandemia de Covid-19: riscos e vulnerabilidades